Investir em ações é um universo cheio de nuances, e mesmo quem já está no mercado há algum tempo pode se surpreender com alguns fatos inusitados. As ações, mais do que apenas números em uma tela, representam fatias de empresas reais com histórias ricas. Para desmistificar e trazer um pouco de leveza ao tema, separamos 7 curiosidades sobre o mundo das ações que talvez você não conheça. Prepare-se para se surpreender!
1. A Primeira Bolsa de Valores Não Negociava Ações, Mas Especiarias!

Você sabia que a primeira “bolsa” de valores de que se tem registro não lidava com ações de empresas como conhecemos hoje? A Bourse de Bruges, na Bélgica, no século XV, era um local onde comerciantes se reuniam na casa da família van der Bourse para negociar principalmente especiarias, produtos agrícolas e letras de câmbio. O termo “bolsa” teria vindo daí! A negociação de ações como parte de empresas só se popularizou muito tempo depois, com o surgimento das grandes companhias de navegação.
2. A Ação Mais Antiga Ainda Negociada Tem Quase 400 Anos!
Enquanto muitas empresas vêm e vão, uma em particular resistiu ao teste do tempo de forma impressionante. A Koninklijke Nedschroef Holding N.V., uma empresa holandesa de fixadores (parafusos, porcas, etc.), é considerada por alguns como a empresa com a ação mais antiga ainda negociada. Suas origens remontam ao século XVII, embora a estrutura e o nome tenham evoluído. Mais famosa, a Dutch East India Company (VOC) foi a primeira empresa a emitir ações publicamente no início do século XVII, mas não existe mais. Contudo, a longevidade de algumas empresas listadas é realmente notável!
3. “Penny Stocks” Não Valem Apenas um Penny, Mas São Bem Baratas!
O termo “Penny Stocks” (ações de centavo) pode enganar. Ele não significa que a ação custa literalmente um centavo. Nos Estados Unidos, o termo é usado para se referir a ações negociadas por menos de US$ 5,00. No Brasil, não temos um termo equivalente exato, mas usamos o conceito de “ações de baixo valor” ou “micropcap” para papéis negociados a poucos reais. Essas ações, geralmente de empresas menores ou com problemas financeiros, são conhecidas por sua alta volatilidade e risco, mas também pelo potencial de grandes valorizações (e quedas!).
4. A Bolsa de Valores Já Foi um Ponto de Encontro Social (e Caótico)!

Antes da era digital, as bolsas de valores eram lugares físicos e incrivelmente movimentados. O “pregão” era um ambiente barulhento e caótico, onde corretores gritavam ordens de compra e venda, usando sinais de mão complexos. Era um verdadeiro espetáculo! Hoje, a maioria das operações é feita eletronicamente, e os pregões físicos são mais museus ou centros de eventos, perdendo a agitação que os caracterizava. A tecnologia transformou completamente a forma como as ações são negociadas.
5. Um “Bear Market” e um “Bull Market” Têm Nomes Inspirados em Animais!
Você já ouviu falar em “mercado de alta” (bull market) e “mercado de baixa” (bear market)? Esses termos têm origens curiosas. O “touro” (bull) ataca com os chifres para cima, simbolizando um mercado em ascensão e otimismo. Já o “urso” (bear) ataca com as patas para baixo, representando um mercado em queda e pessimismo. Essas analogias são usadas para descrever o sentimento geral do mercado e as tendências de preços das ações.
6. A “Campainha de Abertura” da Bolsa de Nova York é um Evento de Prestígio!
Tocar a famosa campainha de abertura ou fechamento da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) não é apenas um ritual; é um evento de alto prestígio! Celebridades, CEOs de grandes empresas, atletas e líderes mundiais são frequentemente convidados para este momento simbólico, que marca o início e o fim do dia de negociações. É uma forma de chamar a atenção para a empresa, para uma causa ou para um lançamento importante, e é transmitido ao vivo para milhões de pessoas.
7. O Investimento em Ações Mais Longo da História Durou Mais de 70 Anos!

Um exemplo notável de investimento de longo prazo é o de Anne Scheiber. Essa investidora aposentada do governo americano, que começou a investir em ações em 1944 com US$ 5.000,00, faleceu em 1995 com uma fortuna de US$ 22 milhões. Ela manteve suas ações por décadas, reinvestiu seus dividendos e não se deixou levar pelas flutuações do mercado. Sua história é um testemunho poderoso do poder dos juros compostos e da paciência no investimento em ações.
As ações são mais do que apenas papéis ou dígitos em uma tela; elas representam histórias de empresas, inovação e o fluxo da economia global. Conhecer essas curiosidades pode te ajudar a ver o mercado de ações com outros olhos e, quem sabe, inspirar sua própria jornada de investimentos! Lembre-se sempre de estudar, diversificar e investir com inteligência.